domingo, 31 de maio de 2009

Crack nem pensar!

Ensaio Clínico para uso de risperidona de longa ação em homens dependentes de cocaína
Loebl T, Angarita GA, Pachas GN, Huang KL, Lee SH, Nino J, Logvinenko T, Culhane MA, Evins AE

Até hoje não existe nenhuma medicação aprovada para uso na dependência de cocaína e crack. A risperidona é uma droga antipsicótica que age em dois neurotransmissores: dopamina e serotonina. Ambos têm ação na dependência de cocaína e tiveram bons resultados em estudos preliminares com animais. Na área médica, os estudos com maior credibilidade devem ter um grupo controle: pacientes que receberão placebo, para serem comparados com os que tomam a medicação ativa. Além disso, estes grupos devem ser randomizados, ou seja, com características parecidas entre si (como idade, sexo, tempo de uso da substância etc). mais uma característica importante é que o estudo seja duplo cego, o que significa que nem o médico nem o( paciente sabem se a medicação recebida é placebo ou a droga ativa. Neste estudo duplo-cego, randomizado e placebo controlado foram tratados, por 12 semanas, 31 homens com diagnóstico de dependência de cocaína. Metade recebeu placebo e a outra metade recebeu risperidona de longa ação na forma injetável. Foram avaliados: testes toxicológicos, grau de fissura, sintomas depressivos e efeitos colaterais. Ambos os grupos reduziram o uso de cocaína. Porém, não houve diferença significativa no uso ou na fissura entre os grupos. O grupo que usou risperidona relatou piora dos sintomas depressivos e mais ganho de peso. Assim, a risperidona não se mostrou efetiva no tratamento para dependência de cocaína. Porém, todos os pacientes do estudo reduziram o uso da dorga, o que mostra que o acompanhamento é efetivo nos casos de dependência.

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