sexta-feira, 3 de julho de 2009

KSSA3 – Klabin decide hoje sobre prorrogação de pagamento de juros sobre debêntures

Hoje será um dia decisivo para a Klabin Segall. Os debenturistas e os novos acionistas da construtora – dona de uma dívida de R$ 461,8 milhões em debêntures – se reúnem para decidir sobre a prorrogação do pagamento dos juros dos títulos. A proposta do novo sócio, o espanhol Enrique Bañuelos, da Veremonte, é única e, ao que tudo indica, irreversível: os juros só serão pagos em 2010. Caso contrário, ele cancela o negócio e não faz o prometido aporte de R$ 90 milhões na companhia. Na prática, há poucas opções para os debenturistas, já que a empresa depende da entrada do novo acionista para equilibrar as contas.”Essa é a condição que eu imponho para entrar na empresa”, afirmou ao Valor Marcelo Paracchini, representante da Veremonte no Brasil e braço-direito do espanhol no país. “É melhor receber os juros e o principal no ano que vem do que sairmos da empresa e eles não receberem nada”, disse. Sobre uma possível contra-proposta aos debenturistas, como uma remuneração maior em função do adiamento do pagamento, ele foi enfático: “Eles já tinham problemas. Aparecemos como uma solução.”Os debenturistas ainda não receberam formalmente a proposta de nova prorrogação, o que deve acontecer apenas hoje, em assembleia. Mas a empresa já vem conversando, separadamente, com cada credor. Assim, não deverá ser uma completa surpresa para eles. É possível, porém, que o resultado não saia nesta terça-feira. Os debenturistas – bancos e fundos – poderão levar a proposta para casa com o objetivo de submetê-la ao comitê interno de crédito.Se aprovado, será o terceiro adiamento desde 1º abril, quando os juros venceram. Primeiramente, o pagamento foi alterado para 1º de junho. Depois, para 1º de julho.A Veremonte, em parceria com a Agra, anunciou a compra da Klabin Segall no dia 27 de abril. As duas empresas, que já tinham adquirido a Abyara, pagariam R$ 110 milhões pela Klabin. Os primeiros R$ 20 milhões – R$ 10 milhões de Agra e R$ 10 milhões da Veremonte – foram depositados no ato da compra. Os outros R$ 90 milhões estão condicionados à renegociação da dívida, que precisa acontecer até o dia 15 de julho. As debêntures correspondem a quase 70% da dívida bruta da empresa, de R$ 677,9 milhões em março.Desde o anúncio, os novos sócios já previam o cancelamento do negócio, caso a dívida não fosse equacionada até essa data. “O prazo de 15 de julho vai ser mantido”, diz Paracchini. Segundo o executivo da Veremonte, a intenção é fazer uma injeção de capital na empresa. “O dinheiro é para viabilizar a companhia operacionalmente”, diz. “Se pagarmos os juros, não sobra para o operacional e a empresa fica numa situação delicada.”Os novos sócios, segundo Paracchini, estiveram em contato com vários debenturistas. “A chance de termos que voltar atrás é mínima”, afirma. “Agora é mais uma questão de trâmite interno dos debenturistas e tempo.” Trata-se de duas emissões com 12 debenturistas cada uma: a primeira é composta por

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